quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Hoje em dia, o “para sempre” tornou-se “até a semana que vem”.

Você não é importante. Desculpa, mas alguém deveria te avisar. Agora respira, senta, fique calmo. Essa reação acontece com todo mundo. É um choque, mas você vai se recuperar, pode acreditar.
Vejo que já fechou a boca, recuperou a cor. Agora podemos começar a conversar. O choque inicial foi proposital, mas calma que isso não é o fim do mundo; apesar de que eu já achei que seria.
A gente se recupera. Lembra quando você era criança e caia sempre de joelhos? Pois é, doía, machucava, mas no fim você aprendeu o que tinha que fazer para não cair mais. Ou seja, não há aprendizado sem marcas.
Quando é criança, fica fácil aprender. Você cai, leva uma bronca e descobre que aquilo é ruim, que não deve mais ser feito. As crianças são inteligentes; a gente fica burro quando cresce, ou conforme vai crescendo.
Então você entra na adolescência e acha que é o rei do mundo. Pode fazer tudo, julgar todos e ser o bonzão do pedaço. Pensa que nada vai atingir então vem o segundo aprendizado: você não é um super-herói; ou seja, dar murro em ponta de faca e fingir que as coisas não acontecem tem o mesmo efeito de tomar um copo de suco para curar uma gripe.
É nesse momento que você começa a achar que as coisas são pra sempre: você escolhe sua profissão, planeja sua vida e escolhe alguém pra vida toda. Mas não é assim que as coisas acontecem.
Você tem caminhos a seguir: cada caminho te leva a um lugar diferente. E tem caminhos que você quer seguir, mas que te farão abrir mão de outras coisas. Isso se chama escolha; no fim o resultado pode ser o mesmo, mas isso não quer dizer que você tem que seguir pelo caminho que quiser sem sofrer as consequências.
Então você cresce mais um pouco e então muda tudo de novo. Você olha pra trás e aquilo que era importante naquela época não é mais. E começa a perceber que as pessoas só se importam com você quando lhe convém.
Mas não se sinta mal. O ser humano é assim mesmo. Ele é egoísta; egoísta do tipo: “venha ao meu reino, mas eu não vou ao seu”. Ou seja, nós queremos somente as coisas para nós, porque fazer para os outros iria contra nossos princípios.
Não há porque se sentir mal; todos somos egoístas: eu, você, a vizinha, sua mãe, seu pai, seu namorado(a), seu marido, sua esposa, sua (seu) amante... é algo que vem junto com o ser humano; quase um brinde.
Você gosta de alguém porque isso te faz bem. Você não quer deixar essa pessoa porque isso te magoaria; você não quer vê-la sofrendo não porque a queira bem, mas porque essa visão faria você sofrer.
Já parou pra pensar nisso? A gente sempre quer que as pessoas supram nossas necessidades, não nos magoem e sejam boas, lindas e harmoniosas na nossa vida. Mas você já percebeu que você não se esforça para que isso seja feito? O que eu quero dizer é que ficar ali parado esperando as pessoas te satisfazerem não conta, já que nem escravo faz isso; tudo é uma troca.
Do mesmo jeito que alguém se importa com você, é necessário que você demonstre de volta. Isto se chama reciprocidade. Não dá pra exigir algo que não se faz. É igual relação de trabalho: você não pode exigir ganhar bem se não faz nem metade do que deveria fazer.
Isso funciona pra tudo, amizade, relacionamento, trabalho, família. A gente exige e não para pra pensar que a outra pessoa ali não é um instrumento; um copinho de plástico que é descartado após o uso ou quando não serve mais.
Ou seja, aquilo que você achou que era pra sempre num dia, na semana seguinte não é mais. Você muda de opinião, ou não consegue deixar o egoísmo natural de lado. Ai fica complicado só dar e não receber. Quem aguentaria uma situação desses? Algumas aguentam, mas uma hora a ficha cai. Ai a história complica, meu amigo.
É claro que até eu que sou a mais boba das pessoas gostaria de ser mimada no esquema Unibanco: 30 horas por dia. Mas isso não é possível; o ser humano funciona no esquema de troca, escambo: dê algo e receba em troca. Igual carrinho de bate-bate: se ninguém bater em você, você não consegue atingir ninguém. Quer algo mais simples que isso, cara pálida?
Quanto mais cedo você perceber isso, mais fácil as coisas vão ser. Aliás, elas são fáceis, tão fáceis que como tudo que é fácil a gente precisa sempre complicar.
E também não faça essa cara de indignação: vocês sabem muito bem que o pra sempre de hoje é o até logo de amanhã. Basta saber como você dará esse até logo, ou se realmente quer um até logo; às vezes a gente só precisa acordar e ver que está errando.

Só não me peça para descobrir se neste caso é até semana que vem...


PS: A frase do título foi roubada do google. Não me mate, eu não sou assim tão criativa, mas vocês sabem disso.

sábado, 10 de setembro de 2011

Boi na linha

Não.... Não é a Vivi’s que escreveu isso... Quem escreveu, ou melhor rascunhou isso foi um de seus amigos... Não é a primeira vez que escrevo para blogs alheios e também não vai ser a última. Deixa me apresentar primeiro: Me chamo Hélio, também sou conhecido como @helhu ou rüffin devido às modernidades da Internet, corintiano e mogiano com a benção de Deus...
Sou amante de um bom livro, de boa música, de boa companhia. Faço parte do time dos solteiros, não porque eu queira, mas devido à escassez . Opa me lembrei que o contrato que eu assinei com a dona do blog, eu não podia falar sobre alguns assuntos e relacionamentos era um deles.
Voltamos a falar da minha pessoa, como moro em Mogi das Cruzes, um misto de cidade do interior com cidade grande, temos alguns costumes meio interioranos como fazer churrasco e jogar truco na praça. Isso quando os fiscais da prefeitura deixam, ultimamente os caras estão ligeiros demais e cortaram a nossa diversão na praça, fazendo com que as reuniões se restrinjam a ficar na porta do boteco. Emocionante não acham??
Como fui contratado para escrever anemidades irei falar dos shows que rolaram em Mogi, devido às festividades de 451 anos que esta cidade completou no dia 1° de Setembro. Tivemos Elba Ramalho cantando com os Canarinhos, um coral de Mogi das Cruzes; Jorge Ben Jor e o grande Jair Rodrigues. Show gratuito já viu a nhaca que é, isso me lembra na virada cultural desse ano, o Marcelo Mansfield teve que dar um esporro na galera que tava de conversinha paralela no meio do espetáculo. Era a visão do inferno do povo que foram “assistir” aos shows, infelizmente a grande massa não tem uma cultura boa e não souberam aproveitar os shows. Aproveitaram de outra forma como azarando, bebendo em suma aproveitaram da maneira deles.
Quando eu tenho muitos momentos de reflexão, eu acabo com eles tomando um pouco de Cambuci, mas como não tenho nenhuma garrafa aqui comigo, deixarei fluir isso... É até engraçado eu falar sobre cultura nas pessoas, como se pode cobrar cultura em um país onde pessoas que participam desses realities shows viram celebridades, onde a revista que mais se vende no país é sobre a vida de pessoas famosas, onde qualquer musica com rima grudenta vira sucesso e por aí vai.
Às vezes penso que nasci no país errado. Nós temos uma memória muito curta, temos tantos feriados e não sabemos o porque deles, mas sabemos que não vamos ir trabalhar, isso que importa. Nem vou entrar no mérito de valorizar os nossos ídolos, pois considerar Luan Santana, Restart, algum ex-BBB como ídolo realmente a pessoa sofre das faculdades mentais.
Muitos podem não concordar com o que vou escrever, mas nesse ponto os EUA, conseguem sempre lembrar das pessoas que foram importantes para eles. Eles conseguem serem patriotas, tudo bem que o brasileiro só é patriota de 4 em 4 anos, isso quando temos uma seleção para torcer na Copa do Mundo, essa última realmente me fez me sentir um holandês com aqueles tamancos de madeira e tudo mais.
Estava vendo um documentário, coisa que é rara de se fazer aqui no Brasil, sobre “Blues”. O mais legal desse documentário era os cantores brasileiros falando que podia se cantar “blues” em português. E rolou algumas músicas de alguns cantores, e não é que ficou legal a parada!!!
Chega de escrever sobre música, vou falar um pouco de livros. Estou em falta comigo na literatura, mas com o preço tão caro dos livros aqui no Brasil, fica difícil mesmo. Ainda mais eu que não leio... Eu devoro livros. Leio o livro e depois releio ele. Não gosto de emprestar livro, pois tenho um maldito hábito que é ler antes de dormir. Eu sei onde eu coloquei as minhas mãos antes de dormir, será que quem pegou um livro meu emprestado terá esse cuidado também?? Com certeza não!!! A minha última leitura que eu recomendo se chama “Os Bórgias” de Mario Puzo. Sim é aquele mesmo que escreveu “O Poderoso Chefão”. Não serei spoiler e não contarei o conteúdo do livro, mas recomendo.
Falando em “Os Bórgias”, na TCM está passando uma mini-serie sobre está família. Um pouco de cultura agora: Rodrigo Borja foi nomeado papa em 1492 adotando o nome de ALEXANDRE VI, sucedendo a Inocêncio VIII. Espanhol, ao chegar em ROMA adotou a grafia BORGIA em seu sobrenome. Como ele chegou a ser papa?? Leia o livro ou assistam a mini-serie...
Falei de livro e música... falta falar sobre as boas companhias. Mas como meu direito tá meio cerceado, falarei das minhas ultimas companhias. E quais teriam sido elas?? As cartas... Não chego a ser um jogador inveterado, mas sei muito bem me defender em uma mesa de jogo. Tenho brincado de POKER, seja ao vivo ou seja on-line. As cartas não mentem, as cartas não tem enganam mas é muito chato ter elas como companhia. Winston Churchill, primeiro-ministro inglês na época da Segunda Grande Guerra, disse em uma das suas famosas frases: “Até no inferno, temos que continuar caminhando” e não é que faz sentido isso mesmo, afinal se quisermos sair do inferno, temos que continuar caminhando. Não sei se cheirei muito enxofre e não sei se já sai do inferno, mas continuo caminhando. Sempre...
Espero que tenham gostado desse rascunho. Se quiserem mais, entupam a caixa de email da Vivi’s!!!
Vou ficando por aqui, pois a Vivi’s ta me cobrando o texto e meu cd também acabou, rascunhei isso ao som dos KINKS... Waterloo Sunset é uma música muito bacana... faz parte do cd que estava ouvindo ao rascunhar isso.
Mas antes quero agradecer a Vivi’s pela insanidade de me deixar fazer esse texto para o seu blog, com certeza muita gente gostaria de ter sido escolhido, mas fui eu... desculpa gente, o que eu posso fazer né?? Só espero não ficar com síndrome do NEO de Matrix...

Abraços a todos




Se mais alguém quiser escrever, só entrar ali em contato e mandar um texto =D

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